Faço que esqueço o que sinto por ti
roço-me nas artérias do coração
e levo algo que debele a tua sede.
Toma-o e entorna-o, sem pensares
sobre o meu corpo ávido, carente
tórrido, atrevido, esfaimado, lascivo.
Beija e unta os meus lábios de cereja
com o chantilly da tua doce boca
e caminha até mim, ousadamente.
Sem hesitares, faz-me toda tua
ficando eu como cheguei ao mundo
possui e goza este corpo que te grita.
- Sou felina, sou mulher, devora-me!
Faz, amor, do teu corpo o meu lençol
põe-me no ponto com leviandade
sem juízo algum, limites e barreiras
escancara-me, põe-me em clímax
como se nada mais nos interessasse
neste rodopiar e alcançar de prazeres.
E sem medo deste bulir de sensações
descobre e conquista o meu ego
acha os mistérios e particularidades
neste corpo em incrível desordem
estreia e penetra bem a minha gruta
e vem-te dentro de mim, meu homem!
CÉU