Acariciada por belas pétalas amarrotadas
húmidas no néctar do odor do teu corpo
sinto nos ossos famintas gargalhadas
que me falam no silêncio das palavras
dos desejos da tua descarada imaginação.
E ouvindo os cânticos doces e escondidos
que ressaltam da tua mão, na Paixão
agarrando os teus suores esculpidos
por anseios cada vez mais prementes
vou, louca, de encontro ao teu odor vivo.
Mergulhando fundo nos lençóis despidos
só com o físico em tortura e suplício
os lábios gemem pelos teus encarecidos
dos beijos de amor, poucos, ardidos
que choram, soltando por ti um suspiro.
As tuas mãos! Agarrando a cintura nua
balançando-se nela como um gáudio
como se fosses dono, a dança continua
por mais um dia e por mais uma lua
em lascivas oscilações de prazer e dor.
Sentindo o prazer do toque de mil flores
que ardem resplandecentes de emoção
os corpos emitem contínuos odores
implorando por mais tambores
rufando, insanos, na cama da escravidão.
CÉU